Energia Solar no Mundo

   Países como Estados Unidos e China estão liderando a geração de energia solar no mundo. Além desses países, podemos citar a Alemanha, cuja meta é suprir 100% do consumo energético por meio de fontes renováveis até o ano de 2050. 

   Todos sabemos que a fonte solar possui o maior potencial de geração de todas as outras fontes juntas, renováveis ou não. Só para se ter uma ideia, a radiação solar que atinge a terra em um dia seria capaz de alimentar nosso consumo elétrico por um ano inteiro.

   Por esse e outros motivos é que a grande maioria dos países do mundo inteiro estão apostando cada vez mais no uso da energia solar, visando assim suprir as suas demandas energéticas com uma fonte limpa e renovável.   

   Alguns desses países, inclusive, por terem feitos altos investimentos e agora possuírem setores tão avançados, estão inclusive apresentando um excesso dessa geração, fazendo com que os preços da energia elétrica fiquem negativos em algumas épocas do ano.

Recorde do uso da energia Solar na Califórnia

   Os Estados Unidos, juntamente com a China, são atualmente os líderes na geração de energia solar no mundo. Devido a “corrida solar” existente entre eles, os investimentos feitos por esses países no ano passado foram os grandes responsáveis pelo aumento de 50% na capacidade mundial instalada da tecnologia.

   Dentre os estados americanos, podemos citar a Califórnia como o pináculo da geração e uso da energia Solar, possuindo quase a metade de toda capacidade solar instalada do país.

   No último dia 11 de março, o estado gerou tanta energia através da luz do sol que ela acabou abastecendo, por algumas horas desse dia, mais da metade do consumo elétrico de seus 39 milhões de habitantes, de acordo com o US Energy Information Administration (EIA, ou Administração de Informação de Energia dos EUA, em tradução livre). 

   Essa energia veio não somente das grandes usinas solares instaladas no estado, mas também dos próprios painéis instalados nas casas dos consumidores. A EIA estima que, durante as horas de pico de geração desse dia, 4 milhões de kWh (quilowatt-hora) foram gerados, um avanço e tanto para um estado que, apenas 15 anos atrás, não produzia quase nenhuma energia solar. 

   Isso trouxe grandes efeitos aos preços de energia elétrica por atacado, os quais caíram para quase zero, ou até mesmo ficaram negativos, em algumas partes do estado durante essas horas da primavera americana. Em contraste, nesse mesmo período, durante os anos de 2013 e 2015, esses preços estavam entre U$14 e U$45 o MWh (megawatt-hora).

   Esse excesso de energia solar, o qual não ocorre em todas as épocas do ano (no verão, embora a geração solar seja maior, assim também é o consumo elétrico, devido ao uso de aparelhos como ar condicionado), também gera certas complicações, como a sobrecarga das redes de transmissão.

   Como as tecnologias de armazenamento dessa energia ainda estão em desenvolvimento, e as redes suportam somente até certa quantidade, existem vezes em que essa super geração de energia precisa ser reduzida para evitar surtos na rede.

Além disso, esses valores de energia por atacado não traduzem nos mesmos preços finais cobrados aos consumidores, que são cobrados na média mensal e não por dia, ou seja, eles não chegaram realmente a ter energia de graça.

Muita energia também na Alemanha

   No ano passado, o mesmo excesso de geração de energia limpa aconteceu na Alemanha, quando um 8 de maio particularmente ensolarado e de bons ventos fez com que a geração elétrica por fontes renováveis (Solar, eólica, biomassa e hidrelétrica) abastecesse cerca de 87% do consumo elétrico do país, quase 55 GW dos 63 GW.  

   Em comparação ao ano anterior, o salto foi gigantesco, quando o mix dessas renováveis representavam 33% de toda energia gerada. Isso fez com que os preços de energia ficassem negativos por algumas horas do dia.

   “Nós temos uma maior participação das renováveis a cada ano. A rede elétrica do país adaptou-se muito bem a isso. Esse dia mostra novamente que um sistema de energia com um grande número de renováveis funciona muito bem” disse Christoph Podewils, do instituto de pesquisa de energia limpa da Alemanha.

   Apesar da oposição de críticos, que alegam que as renováveis serão apenas um nicho no suprimento de energia à grandes nações, devido a sua geração intermitente, a Alemanha mantém-se firme em sua meta de gerar 100% de toda sua energia através de fontes renováveis até 2050.

Fonte: Canal Energia

   Em países como a Dinamarca, inclusive, os parques eólicos têm gerado tanta energia que ela está sendo exportada para países vizinhos, como a própria Alemanha, além da Noruega e Suécia. 

   Assim como nos EUA, o excedente de energia gerado na Alemanha também mostrou algumas falhas no sistema elétrico do país, o qual ainda é muito rígido para que fornecedores e consumidores respondam rápido as variações de preços.

   Além disso, embora as usinas a gás tenham sido temporariamente “desligadas” da rede, as nucleares e à carvão não apresentam a mesma rapidez, assim elas continuaram injetando energia à rede, e tendo que pagar pela mesma, enquanto consumidores industriais acabaram ganhando por consumi-la. 

   No entanto, embora mudanças na infraestrutura elétrica dos países sejam necessárias para acolher confortavelmente a geração e uso da energia solar, os casos mostrados acima comprovam, mais uma vez, o enorme potencial da fonte solar pelo mundo, e dão um vislumbre de como será o futuro da geração elétrica mundial.

Fonte: http://blog.bluesol.com.br/geracao-e-uso-da-energia-solar-no-mundo/